domingo, 13 de abril de 2008

Os menores contos do blog - 7° Parte

Na 7° parte de "Os menores contos do blog" duas participações especialíssimas.

Alan Nielsen retorna, em texto e imagem, numa sensível percepção dos sonhos.

Bianka Sousa finalmente nos dá o ar de sua graça cheia de esperança no amor.


Obrigada Alan, pelo sonho.

Obrigada Bianka, pela esperança.




SONHOS……………






Nos movimentos ,deslocamentos entre pensamentos,
Existem vãos e bolhas que flutuam ,
Leves .e. intactas , suportando e
carregando nossas ordens ,
premissas mentais, premissas básicas,
ora desgovernadas ora manipuladas,
sequelas de sorrisos e choros , recentes ou esquecidos ja,
criando terremotos ,abalos sísmicos internos,
onde sonhos carregam pensamentos,
sonhos sobrevivem a pensamentos,
sonhos transformam pensamentos ,
encontrando um equilíbrio proprio,
nos sítios,recônditos mais íntimos do nosso ser,
onde pensamentos se alimentam dos sonhos...





Porto Seguro

Eu queria um porto seguro onde eu poderia chegar e deitar sossegada sentindo que ali estava em casa, que ali estava cuidada.
Eu queria um porto seguro que me entendesse sem me questionar tanto, que não me julgasse pelas minhas fraquezas.
Eu queria que esse porto me acolhesse tal qual mãe quando protege com um cobertor, do frio, o filho amado.
E lá eu me sentiria em paz
E nesse porto a lealdade e o respeito fariam festa por serem personagens protagonistas e não meros coadjuvantes ou vilões. Onde as mulheres podem ser muito mais do que são, onde os homens são vistos com mais valor. E ali caminham lado a lado sem nada impor. Sem medir diferenças ou procurar superioridades que não existem. Pois eles sabem ver grandeza e reconhecer o que é nato um no outro.
Eu queria um porto onde eu pudesse conversar abertamente sem medo de me expressar e alguém achar graça ou fazer pouco dos meus sonhos ou do que acredito.
Eu queria um porto onde eu pudesse chorar baixinho ou bem alto até dormir só pra lavar a alma.
E nesse porto a água é mais clara e mais forte e ao mesmo tempo tão em paz no seu vai e vem. O sol brilha de um jeito mais intenso e carinhosamente quase te abraça pela manhã.
E lá eu me sentiria alegre
Eu queria um porto, que me entendesse, me escutasse com atenção. Que não fosse cheio de verdades inquestionáveis. Ou que simplesmente respeitasse a minha opinião.
Esse porto não precisa ser grande, não precisa ser lugar, não precisa ter rumo nem rota. Podia ser alguém, podia ser um ou dois, podia ser você e eu.
E lá eu me sentiria mais feliz

Bianka de Sousa Barbosa terça-feira 8 de abril de 2008 – 11h22

3 comentários:

Anônimo disse...

O cérebro é constituído de placas. Cada uma delas com sua função específica. Quando essas placas eventualmente se descolam é que temos a chance de enxergar a vida de uma forma mais leve, natural, instintiva. Tem gente que toma caipirinha para descolar as placas (uma única dose provoca o efeito desejado) outros fumam e alguns sortudos vieram descolados já de "fabrica". Hoje eu não fumei e não bebi, mas ao ler o texto do Alan descolou ...

leila saads disse...

O que vale pra um vale pro outro:

- Sonhos que carregam vidas.

:*

leila saads disse...

Ah, Orieta, muito obrigada pelos elogios! Tô sentindo falta das suas produções aqui nesse espaço! Quando você retoma as atividades?
Qualquer divulgação é muito bem vinda, Carol, sempre!
Beijoss=***